Em entrevista de seus executivos à agência internacional Reuters, a Gafisa anunciou que pretende, este ano, se tornar uma empresa totalmente voltada para o segmento de alto luxo, ou “luxo absoluto”. A estratégia é zerar os estoques de produtos médios e apostar em uma carteira com ativos avaliados em mais de R$ 10 milhões, em média. De acordo com a companhia, hoje as unidades possuem um ticket médio de cerca de R$ 7 milhões, com imóveis voltados para a classe média alta.
“A ideia é estar 100% no mercado de luxo”, determinou a Presidente da incorporadora, Sheyla Resende, adiantando que o foco será no eixo Rio-São Paulo. “Nossa expectativa é zerar os estoques de produtos médios para concentrar esforços no alto luxo. Seremos em 2025 uma empresa puramente de unidades valiosas”, reforçou o Vice-presidente de negócios da Gafisa, Luis Fernando Ortiz.
Segundo Ortiz, a prioridade é “lançar poucas unidades e com volume concentrado”. Ele cita como exemplo o empreendimento lançado ano passado na rua Oscar Freire, em São Paulo, uma das mais caras do país, com imóveis a partir de R$ 30 milhões cada. A entrega das unidades está prevista para 2028, e praticamente todas as unidades já foram reservadas. A Gafisa fechou o terceiro trimestre de 2024 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 23,2 milhões, menor ante a perda de cerca de R$ 65 milhões apurada no mesmo período de 2023.