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Governo comprará imóveis para desabrigados no Rio Grande do Sul

Estima-se que há um potencial de compra de 5 mil unidades habitacionais

O Governo Federal anunciou que comprará imóveis prontos ou em construção, nas cidades atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, para dar para famílias desabrigadas. O próprio Presidente Lula fez esse anúncio, em 15 de maio, durante uma viagem a São Leopoldo, a cerca de 35 quilômetros da capital e uma das cidades mais afetadas pelas enchentes.

Não há, ainda, números concretos. O investimento a ser feito dependerá do número de unidades disponíveis, e o primeiro passo será o mapeamento de imóveis já construídos ou que fiquem pronto no máximo até o final do ano que vem. Estimativas do Governo apontam para um potencial de 5 mil unidades habitacionais.

 A ideia é que as construtoras negociem diretamente com o Governo Federal, que pretende utilizar como parâmetro os critérios do programa Minha Casa, Minha Vida, estabelecendo um teto de R$ 170 mil para o preço do imóvel e seguindo as especificações técnicas do programa. O Ministério das Cidades avalia que, em boa parte dos municípios atingidos, esse valor será o suficiente. Preocupa, porém, um aquecimento do mercado, o que pode gerar alta de preços. Para a compra de imóveis em Porto Alegre, o Governo acredita que a compra em larga escala será uma vantagem competitiva na busca por descontos e bons preços.

Em breve, o Governo Federal deve fazer uma chamada pública para atrair os interessados na venda de imóveis. Enquanto isso, o Ministério das Cidades já está fazendo, junto às prefeituras, um levantamento do número de desabrigados.

O Governo Federal também lançou o que chamou de Vale Reconstrução, que será distribuído às famílias atingidas por meio de um pagamento único, via PIX, no valor de R$ 5.100,00. A ideia é que esse dinheiro seja utilizado para a compra de bens perdidos, como geladeira, fogão e televisão, entre outros. Estima-se um gasto de até R$ 1,2 bilhão, que será o suficiente para beneficiar 235 mil famílias. O mapeamento dos beneficiados será realizado pela Defesa Civil Nacional, com apoio dos órgãos da área no estado e nos municípios.

Outra medida já anunciada é a destinação de imóveis retomados pela Caixa e Banco do Brasil por conta de inadimplência. Ambos os bancos estão levantando o número de unidades desocupadas e que possam ser disponibilizadas para famílias do Rio Grande do Sul.

Mas não é só. O Ministério das Cidades anunciou que está revendo as propostas inscritas no último edital do programa Minha Casa, Minha Vida, que não foram aprovadas por limitação orçamentária. Em todo Brasil, chega a 200 mil unidades habitacionais a quantidade não contratada, e o ministério está identificando quantas são do Rio Grande do Sul para viabilizá-las. A ideia, diante de uma possível demanda reprimida, é também usar o aluguel social enquanto famílias esperam pela nova moradia.

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