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IGMI/ABECIP varia 0,53% em fevereiro

Resultado é maior do que o apontado em janeiro, mas a variação acumulada em 12 meses desacelerou pelo quarto mês consecutivo.

O IGMI-R/ABECIP variou 0,53% em fevereiro de 2021, acima do resultado de janeiro (0,41%). Apesar disso, a variação acumulada em 12 meses do indicador desacelerou pelo quarto mês consecutivo, ficando em 9,17% ante 9,60% do mês anterior. A informação é da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Segundo a entidade, Salvador foi a única capital que registrou queda nos preços dos imóveis residenciais em fevereiro. No entanto, a tendência de desaceleração na variação acumulada em 12 meses foi sentida em todas as capitais, a exceção de Recife, que se recupera de um patamar muito baixo (passando de 1,53% em janeiro para 1,75% em fevereiro), e Brasília, que apresentou um pequeno avanço, de 9,12% em janeiro para 9,28% em fevereiro.

“A desaceleração das variações recentes fica clara quando comparamos as trajetórias do primeiro bimestre do ano contra o último bimestre do ano anterior, nos três últimos anos. Sob essa perspectiva, em 2021 todas as capitas mostraram desaceleração, salvo o Rio de Janeiro que ficou estável. Analisando essas trajetórias na tabela acima, o início de 2020 mostra uma tendência geral de recuperação, enquanto o desempenho do início de 2021 é mais bem caracterizado como uma desaceleração. As acelerações recentes dos índices de preços no atacado e para consumidores faz com que a tendência de desaceleração nos preços reais dos imóveis residenciais seja ainda maior.

A percepção dos empresários do setor, de acordo com a Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV, reflete essa desaceleração na dinâmica dos preços nos últimos meses. Como mostra o gráfico abaixo, tanto a evolução recente da atividade (nos últimos três meses), quanto a demanda prevista (para os próximos três meses) reproduzem a desaceleração dos preços entre o final de 2020 e os primeiros dois meses de 2021.

Para os próximos meses, a trajetória dos preços dos imóveis residenciais está ligada ao avanço do programa de imunização, em um momento em que a piora acentuada da pandemia impõe medidas de isolamento desfavoráveis à atividade econômica em geral e ao mercado de trabalho. A esse desafio, somam-se a preocupação em relação à dinâmica dos índices de preços ao consumidor e no atacado mencionada anteriormente, que tende a tornar as condições de crédito menos favoráveis, e as dificuldades em conceder novos estímulos econômicos”, explica a entidade, por meio de sua assessoria de comunicação.

Publicado em 01/04/2021

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