A indústria da construção civil fechou 2024 contabilizando um crescimento de 4,3%, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 359,523 bilhões, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal número ficou ligeiramente acima da previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que esperava um crescimento na ordem de 4,1%. A construção civil teve o terceiro maior crescimento em PIB no ano passado, atrás apenas de Serviços de Informação e Comunicação (6,2%) e Outras Atividades de Serviços (5,3%).

Tal crescimento impactou significativamente na geração de empregos formais no segmento. De janeiro a dezembro, foram criados 110.133 novos postos de trabalho em canteiros de obras, elevando o número de trabalhadores da construção civil para 2,858 milhões. A expansão na produção de insumos típicos da construção também se destaca, com um crescimento de 5,5% em 2024, revertendo a queda de 2,8% registrada em 2023.

“Esse desempenho positivo aconteceu diante do maior dinamismo da economia nacional, do incremento no mercado de trabalho, das obras em função do ano eleitoral e, também, do retorno das obras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Todos os três segmentos da construção civil – Construção de Edifícios, Serviços Especializados para a Construção e Obras de Infraestrutura – apresentaram saldo positivo de admissões em relação às demissões, o que reforça o crescimento sustentável do setor”, explica Ieda Vasconcelos, economista da CBIC.

De acordo com a CBIC, a venda de apartamentos novos cresceu 20,9% no ano passado, e o número de lançamentos teve um incremento de 18,6%. Segundo Ieda, enquanto em 2023 foram vendidas 331.359 unidades, em 2024 tal número saltou para 400.547. O mesmo ocorreu com os lançamentos, que passaram de 323.329, em 2023, para 383.483, em 2024. A economista destaca que no segmento do programa Minha Casa Minha Vida o crescimento foi ainda maior, com alta de 43,3% nas vendas e 44,2% nos lançamentos.