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Inteligência artificial permite personalização e escala nos empreendimentos imobiliários

Até a escolha do terreno já está sendo feita com o apoio da IA, que cruza um sem número de dados para apontar o local mais adequado para cada empreendimento

“Os impactos mais visíveis da inteligência artificial no mercado imobiliário tratam da eficiência no processo de comercialização, por meio de atendimentos de chatbots, marketing direcionado, criação automática na descrição de imóveis ou pela capacidade de acelerar processos burocráticos ainda bastante demandantes e analógicos. Mas há mudanças ainda mais significativas ao longo das etapas anteriores no desenvolvimento de um produto imobiliário, processos provavelmente menos conhecidos do público geral. E, neste caso, o que se espera é uma revolução: maior customização, alto potencial de valorização e aumento de liquidez”. 

É desta forma que o jornal o Estado de São Paulo inicia um artigo cujo título é: “Produtos imobiliários terão mais liquidez e adaptação na era da inteligência artificial”. Segundo o texto, essa transformação já começa pela matéria-prima básica do setor, o terreno. De acordo com o jornal, a Inteligência Artificial promoverá o incremento na capacidade de tratar bases de dados robustas para a tomada de decisão, e isso já acontece na identificação e compra de um terreno.

Por meio da IA, dados sobre legislação, zoneamento, lançamentos, perfil, comportamento populacional, mobilidade urbana, tendências e, até mesmo, cálculos de probabilidade de catástrofes naturais serão cruzados para indicar a melhor opção para cada empreendimento. “O resultado é uma alta precisão na análise de preços, estoque e liquidez. Os gestores imobiliários terão a capacidade de otimizar cada vez mais seus portfólios e melhorar a leitura do contexto”, prevê o jornal paulista.

Para quem acha que a IA ainda está por modificar o mercado imobiliário, é bom saber, por exemplo, que muitas plataformas imobiliárias, as chamadas proptechs, já estão criando e utilizando, com sucesso, seus próprios modelos de avaliação automática (as AVMs). O artigo aponta a norte-americana Zillow, fundada em 2006 e pioneira no uso dessa tecnologia ao fornecer previsões de preços em tempo real. Seu grande diferencial é a capacidade de transacionar imóveis com grande rapidez e ter uma média de apenas 2% de diferença entre preço de anúncio e preço de transação, por exemplo. “Por meio da combinação de grandes volumes de dados com uma modelagem matemática avançada, garantem maior previsibilidade e segurança sobre a transação, reduzindo o tempo que o produto permanece ofertado e aproximando as expectativas de valores do comprador e do vendedor”, explica o Estadão.

É na chamada arquitetura generativa, com a criação de designs exclusivos, de forma instantânea, é outro campo onde a IA está atuando de forma revolucionária. Os projetos arquitetônicos sempre foram criados de uma forma, digamos, artesanal, e cada detalhe diferente era um fator de acréscimo ou redução no custo final do imóvel. Isso sem falar na perda de tempo. De acordo com a publicação, tal tecnologia já está sendo utilizada até mesmo em residenciais populares, e “em breve, espera-se que alcance qualquer tipo de incorporação”.

“A arquitetura generativa tem revolucionado o processo em termos de eficiência, ao combinar as premissas paramétricas com a inteligência artificial para criar inúmeras soluções de design e implantação praticamente em tempo real. Isso significa que um projeto pode ser adaptado e repensado a qualquer momento, sem custos adicionais, respeitando as limitações legais, as condições específicas de cada terreno e de acordo com as necessidades do usuário do imóvel”, garante o artigo.

Para o Estadão, a IA permite personalização e escala ao mesmo tempo. “O futuro do setor imobiliário tem características que não passavam pela cabeça de quem acompanha o setor há pouquíssimo tempo – e o principal fator de influência no novo cenário tem nome: inteligência artificial”, finaliza o jornal de São Paulo.

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