O ano de 2024 chega ao fim, e todos se peguntam quais são as expectativas do setor da construção civil para o novo ano. Os dados mais recentes do Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, apresentado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e produzido pela Deloitte, indicam otimismo do mercado, principalmente depois do aumento expressivo das vendas do segmento econômico no terceiro trimestre do ano e a estabilidade dos segmentos médio e de alto padrão, que demonstram a solidez em diferentes nichos do setor.
– O mercado se mostrou sólido em 2024, com bons índices de absorção da oferta, e isso traz mais segurança aos incorporadores para novos projetos. O mercado precisa demonstrar confiança na agenda política e, principalmente, a trajetória de cortes da Selic deve ser retomada para manter o dinamismo do setor – acredita o CEO da plataforma Meu Imóvel, Rafael Machado, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Machado destaca, ainda, que o uso crescente de tecnologias inovadoras também ajudarão a transformar o setor imobiliário, impulsionando seus resultados. Ele destaca o uso da Inteligência Artificial (IA), que ainda está em fase inicial, mas apresenta um potencial gigantesco.
– Agentes autônomos de pré atendimento devem ganhar mais espaço, ajudando corretores no contato inicial com potenciais clientes, respondendo dúvidas e filtrando opções conforme as necessidades do consumidor – prevê o executivo, cuja plataforma que comanda já aposta todas suas fichas na IA para conectar usuários a imóveis alinhados aos seus perfis. Ele conta, por exemplo, que consumidores interessados em imóveis na planta encontram opções personalizadas, que otimizam a experiência de compra.
O CEO do Meu Imóvel diz que “uma transformação notável no mercado” é o comportamento do consumidor, que está cada vez mais bem informado sobre o imóvel que quer comprar, buscando conhecer detalhes dos empreendimentos antes mesmo de visitar os plantões de vendas. Ele pontua que tal evolução exige das incorporadoras e construtoras um maior controle das informações, com clareza e transparência em suas ações.
– O cliente já vai aos plantões mais decidido, pronto para a parte comercial – afirma.
Machado está muito otimista com as possibilidades que 2025 traz:
– A recuperação econômica, aliada a inovações tecnológicas e mudanças no perfil dos consumidores, forma uma base sólida para o próximo ano. Desafios, como o equilíbrio econômico e a confiança no cenário político, permanecem no radar de incorporadores e construtoras – resume ele, definindo 2025 como um ano de crescimento sustentável e inovação estratégica para o setor.