De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem caindo nos últimos anos o número de brasileiros que vivem em domicílios próprios e já pagos. A maior parte da população – 64,6% – vive em imóveis próprios e quitados, mas o número de pessoas que moram em imóveis alugados cresceu entre 2016 e 2022, passando de 17,3% para 20,2%. Por sua vez, o percentual dos que habitam imóveis próprios e pagos caiu de 67,8% para 64,6% no mesmo período.

“A proporção de imóveis alugados é mais comum na população de 15 a 29 anos e em regiões como Sudeste e Centro-Oeste. O crescimento também foi um pouco mais elevado na população de menor rendimento”, afirma um dos responsáveis pela pesquisa do IBGE, o Analista Bruno Mandelli.

Segundo o IBGE, a condição de domicílio alugado foi de 18,3%, em 2022, entre a população mais pobre (na classe dos 20% com os menores rendimentos), o que corresponde a 4 pontos percentuais acima do número registado em 2016. A taxa foi de 21% em 2022 – 3,2 pontos percentuais acima de 2016 entre os mais ricos (que concentram os 80% com maiores rendimentos). A condição de alugado alcança a maior proporção  na faixa etária de 15 a 29 anos (25,6%) – período muito comum da saída dos jovens da casa dos pais. Já os imóveis próprios têm maior proporção na faixa etária com 60 anos ou mais (83,9%) e a menor proporção na faixa etária de 0 a 14 anos (56,5%).