O projeto Reviver Centro, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que oferece incentivos financeiros para as construtoras investirem em projetos residenciais no centro da cidade, deu seu pontapé inicial. Um prédio de 15 andares, localizado na Rua Gonçalves Dias, a alguns metros da histórica Confeitaria Colombo, deixará de abrigar escritórios e, após um retrofit, disponibilizará 98 unidades residenciais. As vendas devem começar no final de abril. Dois meses depois, outro prédio, na Rua Buenos Aires, que abrigava a Faculdade Mackenzie, deve seguir o mesmo destino.
O objetivo do projeto é reocupar o centro da cidade, esvaziado por conta da pandemia do novo coronavírus. Até hoje a região não se reergueu. “O desafio é que esse tipo de retrofit é mais caro do que reformar um hotel, por exemplo, cujos quartos serão adaptados, ou construir um prédio do zero, como são os projetos já lançados até agora no Centro. Isso devido ao volume de adaptações. A conta precisa fechar”, ressalta o Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Claudio Hermolin, garantindo que para um projeto desse tipo ser competitivo o metro quadrado tem que ser oferecido para investidores ou futuros compradores por valores entre R$ 10 mil e R$ 11 mil.
O projeto do prédio da Gonçalves Dias contará com três andares para lojas e piscina para os moradores. A parte comercial do empreendimento terá uma entrada exclusiva, preservando o vai e vem dos moradores. As unidades terão entre 29 e 32 metros quadrados e não há vagas de garagem disponíveis. Não foram divulgadas informações comerciais do empreendimento.
De acordo com o Sinduscon, além do prédio da Gonçalves Dias, mais oito projetos estão saindo do papel e devem ter o mesmo destino – o centro da cidade.