Um relatório produzido pela consultoria internacional Navigating Sustainable Retrofit in Real Estate, publicado pelo Barclays e pela consultoria Baringa, revela que 80% dos edifícios que existirão em 2050 já estão construídos hoje. Adaptá-los aos padrões atuais de eficiência energética é um dos desafios postos, e o retrofit surge como uma tendência para promover a modernização de construções antigas e obsoletas, sem comprometer suas características originais. Também aparece como a melhor ferramenta para revitalizar os centros urbanos brasileiros, em sua boa parte decadentes.

Especialistas dizem que a grande vantagem do retrofit é combinar sustentabilidade e valorização imobiliária com custos menores. Afinal, reduz-se a necessidade de novas construções, economiza-se recursos naturais e minimiza-se resíduos, tudo isso com implementação de tecnologias mais avançadas e preservação de aspectos históricos das construções.

O retrofit tem crescido tanto no país que a Caixa lançou, recentemente, uma linha de crédito exclusiva para projetos desta modalidade, para facilitar a compra de um imóvel de retrofit e as obras necessárias do empreendimento. Por meio desta linha, é possível antecipar até 50% do valor financiado, o que viabiliza projetos de grande porte. Alguns municípios também estimulam projetos de retrofit, como a prefeitura de São Paulo, cujo programa Requalifica Centro oferece incentivos fiscais para incentivar a modalidade.