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Transparência da precificação é essencial no mercado imobiliário

É o que defende o Vice-presidente do QuintoAndar, em artigo publicado no Estadão

Em um artigo escrito especialmente para o jornal O Estado de São Paulo, Lucas Lima, Vice-presidente do QuintoAndar, se propôs a discutir um ponto que considera essencial e urgente para o mercado imobiliário: a transparência da precificação. Ele considera o tema complexo e pontua que a falta de informação acessível pode levar a uma precificação desalinhada da realidade, tornando as negociações mais longas, mais caras e geradoras de frustração para todas as partes envolvidas.

Lima citou uma recente pesquisa promovida pela Datafolha sobre precificação imobiliária, em parceria com o QuintoAndar, cujo resultado revela que 84% dos entrevistados consideram difícil obter informações precisas sobre o preço adequado de um imóvel. Segundo este mesmo estudo, 65% dos entrevistados deixaram de fechar contrato por receio de fazer um mau negócio devido ao preço, mesmo após longos períodos de busca ou espera por uma oferta.

“Perguntas como ‘Qual o preço ideal para alugar meu imóvel?’, ‘Devo continuar buscando para encontrar um aluguel mais vantajoso?’ ou ‘Como incorporar o valor de uma reforma recente ao preço de venda do meu imóvel?’ revelam a complexidade do processo. Países mais desenvolvidos já conseguiram transpor a barreira da escassez de informação e consequente insegurança que ela ocasiona no mercado imobiliário, trazendo importantes benefícios para o setor. Nos Estados Unidos, por exemplo, o segmento tem como base sistemas centralizados, como o MLS (Multiple Listing Service), que reúne todos os registros de transações de compra e venda, criando um banco de dados único e acessível. Isso permite que corretores, compradores e vendedores acessem informações detalhadas e atualizadas sobre determinado imóvel de forma clara e facilitada”, relata.

O executivo pontua que a pesquisa revela, ainda, que 85% dos entrevistados acreditam que uma maior disponibilidade de dados sobre o preço dos imóveis traria mais segurança na hora de fechar um negócio. Segundo ele, informações essenciais, como as características do imóvel e seus dados públicos (IPTU, por exemplo), estão dispersas, em diferentes fontes, como cartórios, prefeituras e instituições financeiras. Ele reclama que os poucos dados públicos disponíveis são pouco acessíveis, dificultando ainda mais o processo de transparência da precificação do valor do aluguel do imóvel (e da venda também).

“Soluções que oferecem dados confiáveis e acessíveis, aliadas a processos mais ágeis e simplificados, têm o potencial de transformar a experiência imobiliária, criando um ambiente mais justo, eficiente e vantajoso para todos os envolvidos. Com as ferramentas corretas, corretores, por exemplo, estariam melhor equipados para apoiar seus clientes a precificar imóveis com mais precisão, beneficiando-se do aumento de liquidez. Investidores e imobiliárias, por sua vez, entenderiam melhor as dinâmicas do mercado para trabalhar uma estratégia mais eficaz, identificando oportunidades facilmente, analisando tendências e compreendendo melhor os fatores que influenciam o preço. Já proprietários, compradores e locatários se sentiriam mais seguros ao fechar um negócio, sabendo que estão tomando a melhor decisão, com o melhor custo-benefício”, garante Lima.

O Vice-presidente do QuintoAndar acredita que o papel do mercado imobiliário é estimular a disponibilização destas informações, oferecendo fácil acesso para vendedores e compradores. “Muitos players já têm se mobilizado, com a divulgação de índices de preços, valores de transações e tendências de mercado, a fim de apoiar inquilinos e proprietários na tomada de decisão. Agora, é preciso um debate amplo no setor para que essas soluções sejam desenhadas de forma a serem viáveis, e toda a cadeia seja positivamente impactada, fortalecendo ainda mais o mercado imobiliário no Brasil”, finaliza ele.

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