A Companhia de Habitação do Estado do Rio de Janeiro – Cehab-RJ – conta, hoje, com cerca de 6 mil mutuários ativos. Pode parecer um número pequeno, para uma das mais tradicionais companhias de habitação do país, mas não é. Na verdade, o número de mutuários caiu sensivelmente depois que a Cehab-RJ concedeu a escritura definitiva a 28 mil mutuários, que tiveram as dívidas perdoadas e os contratos quitados. Para isso, a Governadora Rosinha sancionou a lei 4572, em 12 de julho deste ano, quitando financiamentos com cobertura do FCVS no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). “Foi um grande avanço social pois não demos a estes mutuários apenas uma escritura, mas sim a verdadeira cidadania. Agora, eles moram no que é deles de fato e de direito”, diz o presidente da Cehab-RJ, o ex-prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto. Cidadania, aliás, é a palavra-chave hoje na Cehab-RJ. Tudo é pensado e feito em função da busca de uma melhor qualidade de vida para o mutuário. Para se ter uma idéia disso, o projeto “Morar Feliz”, uma das principais iniciativas da Cehab-RJ na área de habitação popular, virou, na gestão de Francisco Neto, “Morar Feliz com Cidadania”. E a mudança não está apenas no nome, como faz questão de dizer o presidente da companhia. – Tínhamos casas com 19 metros quadrados, com apenas um quarto. Agora, estamos projetando casas com dois quartos, com 47 metros quadrados. O tamanho das casas mais que dobrou. Isso é qualidade de vida, é cidadania – acredita Francisco Neto, informando que as novas casas que estão sendo construídas pela Cehab-RJ já têm a nova medida. De imediato, serão entregues 2 mil novas casas com o novo modelo. E se cidadania tem tudo a ver com ecologia, a Cehab-RJ também está apostando suas fichas no meio-ambiente. Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, com a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente, com a Feema, com o Instituto da Terra, Instituto Florestal e Serla, a Cehab-RJ está tirando os moradores de áreas de proteção ambiental, de Sepetiba, transferindo-os para o conjunto habitacional Sepetiba II, que contará com 626 unidades habitacionais. As atuais moradias, em área de preservação, serão destruídas, mas os moradores ganharão suas casas no conjunto habitacional. Em quatro meses, acredita Antonio Neto, o conjunto estará pronto e transferência será feita. A Cehab-RJ também está fazendo um convênio com a Caixa Econômica Federal, para construir mais casas populares no estado. Hoje, cerca de 6 mil unidades estão em construção. “Não temos números, ainda, mas a capacidade da CEF é ilimitada. E queremos construir o maior número possível de unidades. O convênio já está para sair”, afirma o presidente da Cehab-RJ. “O projeto do Governo do Estado do Rio é dar o maior número de títulos de propriedade possível, além de construir o maior número de casas que tivermos condições para fazê-lo. Ao final do governo, pretendemos chegar a 20 mil mutuários”, contabiliza ele. Tudo, em nome da cidadania.