A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) informou que o índice de atrasos superiores a 90 dias no financiamento imobiliário é o menor dos últimos 18 anos: até agosto deste ano, foi de 0,8% o índice de atraso, o patamar mais baixo desde 2007, quando o índice apurado foi de 4,2%.
De acordo com a ABECIP, desde 2019 a curva de redução deste índice vem se acentuando. Em 2023, a inadimplência era de 1,4%, caindo para 1% em 2024. Para o Superintendente da ABECIP, José Aguiar, a queda se dá por conta da correção das parcelas ser baixa. “O que corrige a prestação é a TR (taxa referencial), que tem sido, em média, de 2,03% ao ano. Então, é algo confortável, que não chega a 40% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que está em 5,4%”, explicou ele.
Aguiar lembra também que o reajuste é menor do que o aumento salarial. “O salário sobe, e a prestação fica igual. Não existe razão da inadimplência, a menos que esteja desempregado”, acrescenta o executivo. Diante disso, garante ele, muitos fazem antecipação do pagamento do empréstimo. “Um empréstimo de 30 anos é quitado, normalmente, de dez a 12 anos. Isso mostra que temos uma carteira saudável”, diz.
Já a Caixa anunciou que em 2024 a inadimplência no financiamento imobiliário foi de 1,19%, 0,43 ponto percentual inferior à registrada um ano antes. Já no primeiro trimestre de 2025, o indicador foi de 1,42%. A inadimplência no financiamento imobiliário é menor do que em outros tipos de crédito. A taxa de inadimplência no crédito pessoal é de 4,5% e do cheque especial chega a 14,8%.