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CDHU quer emitir até R$ 350 milhões em CRIs, em sua primeira investida no mercado de capitais

Operação está em estudos e deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2024

Considerada uma das maiores empresas públicas de habitação do mundo, com investimentos anuais de R$ 2 bilhões, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) está avaliando emitir algo entre R$ 300 milhões a R$ 350 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) em 2024. Será sua primeira investida no mercado de capitais. O objetivo da companhia é, segundo seu Presidente, Reinaldo Iapequino, ampliar os investimentos na construção de moradias populares.

A operação está em fase adiantada de estudos, mas precisará passar pelo crivo da Companhia Paulista de Securitização (CPSEC) e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. “O mercado vai ter mais cautela que em comparação com um CRI de incorporadora. E quanto maior o prêmio, menor o VPL (valor presente líquido) da captação. Então, queremos fazer algo com bastante transparência para que seja uma captação vantajosa aos investidores e à empresa”, ressalta Iapequino, reconhecendo que a tendência é que investidores possam ter algum “pé atrás” com a operação, pouco comum entre estatais.

No ano passado, o Metrô de São Paulo captou R$ 400 milhões em debêntures, que saíram a CDI mais 4,50% e prazo de cinco anos. Segundo a companhia, a oferta foi restrita a investidores qualificados e registrou uma demanda acima do ofertado. A CDHU explica que não é possível, por enquanto, estimar a faixa de remuneração e informa que o prazo deve ser longo, algo em torno de oito a dez anos. Para minimizar riscos, a CDHU irá reservar menos da metade da carteira de recebíveis da estatal para essa operação, o que representa um comprometimento menor das receitas.

Segundo o executivo, a expectativa é que o CRI da CDHU seja oferecido ao mercado ainda no primeiro semestre de 2024. “Vão gerar novos investimentos, novas moradias e novos contratos, que poderão dar origem a novos CRIs, de uma forma constante. É um procedimento renovável”, garante ele.

A CDHU contabiliza, hoje, 270 mil mutuários ativos, que pagam R$ 900 milhões por ano pelos imóveis. Uma fatia de aproximadamente 40% dos recebíveis deve ser usada para lastrear a primeira emissão de CRIs. A Caixa Econômica Federal será o agente fiduciário dessa operação, monitorará esse fluxo e repassará a remuneração aos investidores.

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