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Consórcio imobiliário cresce 30% em 2022, segundo a Abac

No Santander, esse crescimento foi de 64%

O consórcio imobiliário pode ser uma boa opção para fugir dos juros altos do financiamento imobiliário. Ao menos, é o que a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) percebe, diante dos quase 645 mil negócios do tipo fechados em 2022 no Brasil, um volume 30% maior do que o número de contas comercializadas em 2021. Segundo a entidade, o tíquete médio das cotas imobiliárias foi de R$ 164.979 no último ano.

Alternativa para a carta de crédito liberada pelos bancos, o consórcio imobiliário é apontado pela Abac como a melhor opção para a fuga dos juros altos e da alta burocracia bancária. “A procura maior pode ser explicada por fatores como a busca por alternativas mais acessíveis e flexíveis, a dificuldade de obtenção de crédito em função da crise econômica e da pandemia, e a possibilidade de planejamento a longo prazo. Enquanto um financiamento tradicional chega a custar mais de 10% ao ano o consórcio custa em torno de 3% ao ano”, garante Leandro Vasconcelos, Head de Alocação da consultoria Nomos, em entrevista ao jornal carioca Extra.

Na opinião de Vitor Bonvino, Presidente Regional da Abac para a Região Sudeste, um aumento da consciência financeira está levando um número cada vez maior de pessoas para o consórcio imobiliário, onde é possível se planejar melhor para a compra de um imóvel. “A educação financeira desincentiva os gastos por impulso. O consórcio é para quem planeja, quem quer ampliar o patrimônio de médio a longo prazo com planejamento”, garante ele.

Os bancos têm surfado nessa onda. De acordo com dados do Santander, a venda de contas imobiliárias cresceu 64% no ano passado. “Temos novos públicos descobrindo esse produto, especialmente pequenas empresas, que encontram no consórcio uma forma de viabilizar um investimento, como um ponto comercial. Mas o maior continua sendo pessoas de menor renda que não conseguem ter acesso ao crédito imobiliário tradicional, não apenas por conta dos juros, mas também porque têm dificuldade do valor de entrada, por exemplo”, diz Cláudia Sampaio, Superintendente Executiva de Consórcios do banco.

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