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Indústria da construção civil pode sofrer apagão por falta de mão de obra qualificada

Segundo o Sintracon-SP, faltam 30 mil postos para atender o mercado imobiliário

De acordo com o Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de São Paulo), o segmento enfrenta o real risco de sofrer um apagão nos próximos dois anos por falta de mão de obra qualificada. O sindicato informa que a indústria tinha, em 2010, 3,2 milhões de empregados diretos no país e mais de 10 milhões em toda a cadeia, mas hoje contabiliza 2,7 milhões de trabalhadores, embora o setor viva um momento de alta demanda imobiliária.

O Sindicato garante que faltam mestres de obra, pedreiros, eletricistas, carpinteiros e até engenheiros, e que essa falta começou em 2018, mas ganhou força na pandemia. Um levantamento feito pela entidade afirma que faltam 30 mil postos para atender ao mercado imobiliário. O Sintracon-SP diz que há um êxodo de profissionais em curso para outros setores – como prestação de serviços em aplicativos de transporte – e que a construção não está atraindo novos talentos na proporção que o mercado requer.

Uma enquete realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção com 800 associados reforça o alerta do sindicato. De acordo com essa pesquisa, sete em cada dez construtoras dizem sofrer com a escassez de mão de obra especializada. A CBCIC informou que atualizará a pesquisa em fevereiro do ano que vem. “Estamos também preparando uma comissão para entender na profundidade quais são as causas e como podemos resolver. Pelos resultados das pesquisas, não estamos conseguindo suprir as necessidades atuais”, atesta Renato Correia, Presidente da CBIC. Ele pontua que em outubro se reuniu com o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, quando defendeu uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada para garantir a formação e a qualificação dos profissionais do setor.

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