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CBIC reduz projeção do PIB da construção, em 2023, de 2,5% para 1,5%

Juros altos e demora nos ajustes do PMCMV explicam o corte da projeção

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) anunciou a redução de sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da construção para 2023, que era de 2,5%, mas agora deverá ser de 1,5%. De acordo com a entidade, a taxa de juros alta por um período prolongado e a demora nos ajustes do Minha Casa Minha Vida (MCMV) explicam o corte da projeção.

Caso se confirme a previsão da CBIC, haverá de fato uma importante e significativa desaceleração  no PIB da construção se comparado ao ano anterior, que foi de alta de 6,9%. Caso registre alta de apenas 1,5%, o resultado deverá ser inferior ao PIB da economia brasileira, que deve ter um crescimento de 2,2% este ano. Ainda assim, o resultado será ligeiramente melhor do que espera, por exemplo, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV), que, em junho, cortaram a projeção de 2,5% para apenas 1%.

“A taxa de juros elevada é o principal desafio para a Construção sustentar o seu ciclo de crescimento”, disse a Economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos. Nas sondagens oficiais da CBIC junto aos empresários do setor, a taxa de juros elevada é o maior ponto de preocupação. A CBIC também destaca negativamente a demora no anúncio das novas condições do programa Minha Casa, Minha Vida, esperado para o início do ano, mas divulgado apenas em junho. As medidas, porém, foram bem recebidas pelo setor, embora a demora tenha sido responsável pelo adiamento de inúmeros projetos em todo o país.

O PIB da construção, aponta a CBIC, caiu 0,6% no quarto trimestre de 2022 e teve baixa de 0,8% no primeiro trimestre de 2023.

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