Fintech de crédito com garantias, a Creditas apresentou ao mercado, em 13 de novembro, seu balanço correspondente ao terceiro trimestre do ano. De acordo com a companhia, foram contabilizadas perdas de R$ 81,5 milhões, que significam uma queda de 31% na comparação com o prejuízo de R$ 117,8 milhões registrados entre abril e junho. Se comparados com os meses de julho a setembro de 2022, a redução é de 68%.
De acordo com o portal Finsiders, “a fintech comandada por Sergio Furio também observou uma melhora na relação entre resultado líquido e receita, que ficou em -17% no terceiro trimestre. No trimestre anterior, o indicador estava em -24%. Um ano atrás, porém, era -61%”. As receitas da Creditas tiveram uma ligeira queda de 2,6%, saindo de R$ 495,3 milhões, entre abril e junho, para R$ 482,3 milhões, entre julho e setembro. Por outro lado, as receitas registraram expansão de 16,3% na comparação anual”.
“A nossa carteira manteve-se quase estável face ao ano anterior (aumento de 3% face ao ano anterior), refletindo uma subscrição mais restritiva e uma abordagem menos agressiva ao crescimento. Continuamos equilibrando crescimento e rentabilidade para que o crescimento do portfólio proporcione lucro bruto futuro, mantendo nossos olhos no impacto negativo de curto prazo relacionado ao crescimento (fornecimento antecipado de provisões e custo de aquisição de clientes)”, informou a empresa, por meio de nota.
Ainda segundo o Finsiders, “quando o assunto é o lucro bruto, a empresa também registrou evolução. Entre julho e setembro, o lucro bruto foi de R$ 171 milhões, ante R$ 140,5 milhões, nos meses de abril a junho, o que representou avanço de 21,6%. Sobre julho a setembro do ano passado, quando o lucro bruto ficou em R$ 53,6 milhões, o crescimento foi de 218,8%. A empresa diz que isso foi possível graças à reprecificação do portfólio, o que colaborou para manter o custo do crédito estável. Ainda, destaca a tendência de redução dos juros nos próximos meses para um cenário mais favorável — segundo economistas ouvidos pelo Banco Central, hoje em 12,25% ao ano, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75%. Em 2024, deve ficar em 9,25%. Outro ponto importante do balanço é a relação entre lucro bruto e receita, na qual a fintech também vem apresentando números consistentes. Nos últimos 12 meses, o indicador saiu de 13% para 35,4%. No terceiro trimestre, a carteira de crédito da fintech chegou a R$ 5,71 bilhões, desempenho praticamente estável sobre os três meses anteriores (R$ 5,79 bilhões). Por outro lado, houve uma ligeira alta de 3,14% na base de comparação com igual período do ano passado, que foi de R$ 5,53 bilhões. Neste ponto, a Creditas diz que mantém a política de restrições a financiamentos”.
“Estamos otimistas quanto à continuação destas tendências nos próximos trimestres em direção ao nosso objectivo de curso estável em 43%, à medida que os nossos novos empréstimos originados a preços mais elevados aumentam a rentabilidade média da carteira. A nova fase de redução da Selic acelerará esse processo e esperamos estar operando em níveis estáveis de lucro bruto em 2024. A nossa margem de lucro bruto é neutra em relação ao nível das taxas de juros da economia, mas tem compressão e expansão dependendo da velocidade da mudança nas taxas de juros. Continuamos muito restritivos em nosso produto de financiamento de automóveis, mantendo principalmente nossas políticas padrão em produtos de car equity, home equity e crédito consignado privado, onde observamos baixa volatilidade neste ponto do ciclo. Dado o baixo valor do empréstimo destes produtos, acreditamos que a nossa categoria de produtos é ideal para manter a resiliência no ambiente atual”, disse a fintech.